da Folha Online
Os uruguaios vão às urnas neste domingo no segundo turno das eleições presidenciais no país. As pesquisas de intenção de voto indicam que o ex-guerrilheiro José Mujica, fã declarado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como grande favorito, com cerca de sete pontos percentuais de vantagem.
O espanhol Juan Díaz de Solís foi o primeiro europeu a chegar na região uruguaia do Rio da Prata em 1516. Foi o império português, contudo, que estabeleceu controle sobre a região, fundando Colonia, em 1680.
Anos depois, em 1726, a atual capital, Montevidéu, foi fundada pelos espanhóis como um posto militar, retirando os portugueses da região. Diante da posição estratégica, contudo, logo a cidade foi alçada a centro comercial e expandida. Depois de 50 anos, a região fazia parte do vice-reinado do Rio da Prata.
A região conquistou independência da Espanha em 1811, mas foi dominada pelos portugueses dez anos depois e incorporada ao Brasil como Província. Uma revolta contra o domínio em 1825 durou três anos e levou à independência do país em 1828. Anos mais tarde, em 1864, o Uruguai ficou ao lado do Brasil na Guerra do Paraguai, contra o Paraguai e Argentina.
(COMENTÁRIO DO PAINEL DO PAIM: a Argentina formou, com o Brasil e o Uruguai, a Tríplice Alianaça, contra o Paraguai, que lutou sozinho)
Arte/Folha Online
Mapa do Uruguai
Para ver o MAPA, clique no seguinte LINK:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u658608.shtml
A administração do presidente José Pablo Torcuato Batlle Ordóñez, no começo do século 20, estabeleceu as reformas política, social e econômica que transformou o país em um Estado propriamente dito. Já a economia se beneficiou da demanda de matéria-prima durante a Segunda Guerra (1939-1945) e a Guerra das Coreias (1950-1953).
O escritório do presidente foi abolido em 1951 e substituído por um conselho de nove membros. O país adotou uma nova Constituição e restaurou o sistema presidencial em 1966.
A Tupamaros, uma guerrilha marxista violenta lançada no final dos anos 60, levou o Executivo uruguaio a ceder o poder aos militares em 1973. No final do mesmo ano, os rebeldes tinham sido contidos, mas os militares haviam expandido seu poder de forma irrevogável.
O governo civil só foi restaurado em 1985 e o governo foi alternado entre os partidos Colorado e Branco. Os anos 90, com a entrada no Mercosul, o país se beneficiou amplamente com o crescimento econômico.
Em 2004, a Coalizão Frente Ampla (centro-esquerda) ganhou as eleições nacionais que efetivamente encerraram 170 anos de controle político alternado entre os partidos Branco e Colorado. Mujica é o candidato da Frente Ampla.
Saiba mais sobre Uruguai
Nome: República Oriental do Uruguai
Forma de governo: república presidencialista
Divisão: 19 Departamentos
Capital: Montevidéu
Nacionalidade: uruguaia
População: 3.494.382 (estimativa de julho de 2009)
Área: 176.215 km 2
Idioma: espanhol
Moeda: peso uruguaio
Religião: católica, minorias protestantes
Posição no IDH: 50º [o Índice de Desenvolvimento Humano da ONU mede o desenvolvimento do país com base na expectativa de vida, no nível educacional e na renda per capita. A Noruega lidera a lista e o Brasil está na 75ª posição]
PIB (Produto Interno Bruto): US$ 32,19 bilhões (estimativa de 2008)
Renda per capita anual: US$ 12.400 (estimativa de 2008)
Com Enciclopédia Britannica e CIA World Factbook
domingo, 29 de novembro de 2009
sábado, 28 de novembro de 2009
Ex-guerrilheiro é favorito em 2o turno presidencial no Uruguai
Por Julio Villaverde
MONTEVIDÉU, 28 de novembro (Reuters) - O segundo turno da eleição presidencial do Uruguai ocorre neste domingo, com o ex-guerrilheiro José Mujica como favorito para mais cinco anos no poder da coalizão de esquerda Frente Ampla.
Mujica, de 74 anos, concorre com o ex-presidente conservador Luis Alberto Lacalle, de 68, do Partido Nacional.
Dos 3,3 milhões de habitantes do país, 2,56 milhões estão habilitados a votar.
Cinco pesquisas de intenção de voto apontam uma vitória cômoda para Mujica, colocando-o com 49,1 a 50 por cento dos votos, ante 41 a 42,7 por cento para Lacalle.
"O resultado já está aí", disse o diretor da empresa de pesquisa Interconsult, Juan Carlos Doyenart. Para ele, apenas um imprevisto de enormes proporções mudaria o cenário.
A Frente repetiria a vitória na eleição de 2005, quando o socialista Tabaré Vázquez ganhou a presidência no primeiro turno, acabando com o histórico domínio das correntes políticas tradicionais.
O presidente adotou uma política econômica bem sucedida que protegeu o Uruguai da recessão durante a crise global. Ele tem uma popularidade recorde.
Neste ano, Mujica ganhou o primeiro turno em outubro, mas não obteve a maioria absoluta, levando a eleição para o segundo turno.
Ele, que militou na guerrilha urbana Tupamaros entre o fim da década de 1960 e início da de 1970, prometeu seguir a linha de gestão de Vázquez.
"O mesmo cachorro com a mesma coleira", disse ele nesta semana, com seu linguajar típico.
Mujica disse também que pretende aprofundar os programas dirigidos aos mais pobres e aos pequenos produtores rurais, entre os quais cresceu.
Propietário de uma pequena granja perto de Montevidéu, na qual trabalha assiduamente, Mujica não dá muita atenção a sua apresentação pessoal, como roupas e cabelo, nega-se a usar gravata e tem uma enorme popularidade entre os mais pobres.
Lacalle, advogado e propietário de terras que governou o país entre 1990 e 1995, tentou mudar seu estilo muitas vezes visto como arrogante, apresentando-se aos eleitores usando apenas camisa durante atos públicos.
Reconhecendo a bem-sucedida gestão de Vázquez e seus importantes programas sociais, o candidato opositor prometeu apenas mudanças visando eliminar alguns impostos e melhorar a segurança pública, ponto fraco do governo da Frente.
MONTEVIDÉU, 28 de novembro (Reuters) - O segundo turno da eleição presidencial do Uruguai ocorre neste domingo, com o ex-guerrilheiro José Mujica como favorito para mais cinco anos no poder da coalizão de esquerda Frente Ampla.
Mujica, de 74 anos, concorre com o ex-presidente conservador Luis Alberto Lacalle, de 68, do Partido Nacional.
Dos 3,3 milhões de habitantes do país, 2,56 milhões estão habilitados a votar.
Cinco pesquisas de intenção de voto apontam uma vitória cômoda para Mujica, colocando-o com 49,1 a 50 por cento dos votos, ante 41 a 42,7 por cento para Lacalle.
"O resultado já está aí", disse o diretor da empresa de pesquisa Interconsult, Juan Carlos Doyenart. Para ele, apenas um imprevisto de enormes proporções mudaria o cenário.
A Frente repetiria a vitória na eleição de 2005, quando o socialista Tabaré Vázquez ganhou a presidência no primeiro turno, acabando com o histórico domínio das correntes políticas tradicionais.
O presidente adotou uma política econômica bem sucedida que protegeu o Uruguai da recessão durante a crise global. Ele tem uma popularidade recorde.
Neste ano, Mujica ganhou o primeiro turno em outubro, mas não obteve a maioria absoluta, levando a eleição para o segundo turno.
Ele, que militou na guerrilha urbana Tupamaros entre o fim da década de 1960 e início da de 1970, prometeu seguir a linha de gestão de Vázquez.
"O mesmo cachorro com a mesma coleira", disse ele nesta semana, com seu linguajar típico.
Mujica disse também que pretende aprofundar os programas dirigidos aos mais pobres e aos pequenos produtores rurais, entre os quais cresceu.
Propietário de uma pequena granja perto de Montevidéu, na qual trabalha assiduamente, Mujica não dá muita atenção a sua apresentação pessoal, como roupas e cabelo, nega-se a usar gravata e tem uma enorme popularidade entre os mais pobres.
Lacalle, advogado e propietário de terras que governou o país entre 1990 e 1995, tentou mudar seu estilo muitas vezes visto como arrogante, apresentando-se aos eleitores usando apenas camisa durante atos públicos.
Reconhecendo a bem-sucedida gestão de Vázquez e seus importantes programas sociais, o candidato opositor prometeu apenas mudanças visando eliminar alguns impostos e melhorar a segurança pública, ponto fraco do governo da Frente.
domingo, 1 de novembro de 2009
Candidatos começam a campanha do segundo turno no Uruguai
da Folha Online
Os candidatos à presidência do Uruguai iniciaram neste final de semana as campanhas para o segundo turno, no dia 29 de novembro.
O ex-guerrilheiro José Mujica, candidato da coalizão de esquerda no poder, a Frente Ampla, ganhou o primeiro turno da eleição presidencial com 47,5% dos votos, mas teve de disputar um segundo turno contra o ex-presidente Lacalle (1990-1995), do opositor Partido Nacional (centro-direita), que teve 28,5% dos votos.
O Partido Colorado, de Pedro Bordaberry, filho do ex-ditador Juan Bordaberry (1973-1976), ficou com 16,66% e anunciou apoio a Lacalle. O Partido Independente, de Pablo Mieres, teve 2,43% dos votos.
A participação foi de 89,86%.
Mais de 2,5 milhões de eleitores estão aptos a votar para designar o sucessor de Tabaré Vázquez, o primeiro presidente de esquerda da história do Uruguai, que não podia se candidatar novamente.
Os candidatos à presidência do Uruguai iniciaram neste final de semana as campanhas para o segundo turno, no dia 29 de novembro.
O ex-guerrilheiro José Mujica, candidato da coalizão de esquerda no poder, a Frente Ampla, ganhou o primeiro turno da eleição presidencial com 47,5% dos votos, mas teve de disputar um segundo turno contra o ex-presidente Lacalle (1990-1995), do opositor Partido Nacional (centro-direita), que teve 28,5% dos votos.
O Partido Colorado, de Pedro Bordaberry, filho do ex-ditador Juan Bordaberry (1973-1976), ficou com 16,66% e anunciou apoio a Lacalle. O Partido Independente, de Pablo Mieres, teve 2,43% dos votos.
A participação foi de 89,86%.
Mais de 2,5 milhões de eleitores estão aptos a votar para designar o sucessor de Tabaré Vázquez, o primeiro presidente de esquerda da história do Uruguai, que não podia se candidatar novamente.
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